ECONOMIA

Setor de serviços ainda patina em SC e no Brasil

Atualizado em 16 julho, 2018

Os serviços em Santa Catarina e no Brasil ainda não decolaram. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), publicada nesta sexta-feira (13) pelo IBGE, aponta que o setor foi prejudicado pela greve dos caminhoneiros em maio. O impacto também pode ser sentido no volume de vendas do comércio e na inflação do período.

Em relação a maio de 2017, a queda foi de 1,1% na receita nominal e 2,3% no volume em Santa Catarina. No cenário nacional, o resultado também ficou negativo em 2,1% e 3,8%, respectivamente. Já no acumulado de 12 meses, a variação dos indicadores ficou positiva em 2,9% e 1,7% no estado e em 2,4% e 1,6% no Brasil.

De acordo com o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova, a expectativa para o setor não é de forte recuperação até o fim deste ano, visto que o cenário dos dois principais demandantes dos serviços- indústria e governo- ainda é de cautela. “Os serviços foram pouco beneficiados por estímulos governamentais e dependem da expansão da massa salarial, cujos resultados ainda não superaram o que se via em 2014. A lenta retomada é fruto ainda da substituição que as famílias fizeram durante o período mais intenso da crise. Trocou-se, por exemplo, comer fora, pela comida em casa, beneficiando o comércio, mas prejudicando os serviços”, avalia.

As atividades turísticas registraram alta de 7% na receita em Santa Catarina em relação ao ano passado, enquanto no Brasil o resultado foi mais tímido (1%). No acumulado em 12 meses, a variação foi de 11% no estado, bem acima da média nacional (3,7%). O comportamento é ainda mais diferente em relação ao volume das atividades turísticas em 12 meses: Santa Catarina cresce 6% e o Brasil retrai 4,0%.  Comparado a 2017, o estado avançou 8,6% e o Brasil 1,9%.

O volume do segmento de transporte e serviços auxiliares do transporte caiu 7,6% na comparação com maio de 2017- o pior resultado desde fevereiro do mesmo ano. Por outro lado, os serviços prestados às famílias subiram 8,1%.

 

Paralisação dos caminhoneiros afetou quase 80% dos empresários em Santa Catarina

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