Setor produtivo de SC lança manifesto contra CPMF
O Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM) lançou na sexta-feira um manifesto em que repudia a intenção do Governo Federal de instituir a Contribuição Social para a Saúde (CSS), nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF).
Assinado pelos presidentes das Federações do comércio (FECOMÉRCIO), da indústria (FIESC), da agricultura (FAESC), dos transportes (FETRANCESC), das associações empresariais (FACISC), dos lojistas (FCDL) e das micro e pequenas empresas (FAMPESC), o texto questiona a volta da CPMF: “Enquanto o País vive uma situação de extrema gravidade, com elevados índices de desemprego, inflação alta, economia estagnada e crise política e ética sem precedentes, o bom senso exige que se afaste qualquer medida que prejudique, ainda mais, o setor produtivo e a classe trabalhadora”.
Estima-se que só em Santa Catarina a volta do tributo retirará R$ 1,3 bilhão da economia. Conforme as entidades do setor produtivo catarinense, o Governo deve promover as reformas necessárias para a retomada do crescimento econômico e dos empregos, mas direcionar esta atuação para ações que estimulem a competitividade do setor produtivo e ajudem a criar um ambiente favorável à estabilidade social.
“Mais do que nunca, é necessário melhorar a gestão, em vez de insistir em aumentar a carga tributária e onerar novamente o contribuinte. Precisamos sim de uma reforma tributária que reduza e simplifique os tributos. Com isso, os investimentos, a renda e o emprego dos brasileiros poderão ser ampliados de maneira mais sólida, o que fará o país retomar o caminho do crescimento”, afirma o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.
A volta do tributo deve contribuir para o aumento dos preços finais ao consumidor (visto que a alíquota é cobrada em todas as transações, do fornecedor a ponta da cadeia), reduzir a circulação de dinheiro, inibir os investimentos e, consequentemente, esfriar a economia. A elevação da carga tributária, que já passa de 35% do PIB, contraria a política de outros países, que reduzem juros e impostos para tornar o cenário econômico mais favorável.