Volta às aulas: pais optam pela compra à vista para escapar do endividamento em Florianópolis

A compra do material escolar movimentou o comércio em Florianópolis desde janeiro. As lojas da Capital registraram o segundo maior tíquete médio do estado (R$137,29), acima do gasto estadual (R$119,61), de acordo com pesquisa de resultado de vendas realizada pela Fecomércio SC. A queda no volume de vendas, no entanto, impactou no faturamento (-4,7%) das papelarias, livrarias e supermercados. Já em relação aos demais meses, o período registrou aumento de 18,72% na receita, sinalizando a relevância do início do ano letivo para o varejo.

Leia a Pesquisa de Resultado de Vendas

Confira também o relatório de Avaliação do Consumidor

“A renda das famílias encolheu do ano passado para cá, o que acaba refletindo no orçamento disponível e, consequentemente, no caixa das lojas. Com a retomada da confiança prevista para 2017, os consumidores devem recuperar seu poder de compra e aquecer novamente o comércio catarinense”, conforme o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt. Os empresários também estão comedidos nos investimentos: 12,2% dos estabelecimentos reforçaram o atendimento com funcionários temporários.

Os pais e responsáveis optaram pelo pagamento à vista (74,55%), entre débito (27,6%), crédito (26,5%) e dinheiro (20,4%). O pagamento a prazo também foi utilizado (25,5%): crédito (19,4%) e crediário (6,1%). O alto índice de compra à vista é considerado um bom sinal para o setor, visto que SC amarga percentuais de endividamento e inadimplência na casa dos 57,5% e 18,9%, respectivamente.

Metade dos entrevistados considerou alta a frequência de pesquisa preços nas lojas, em contraponto aos que acharam baixa (41,8%) ou razoável (8,2%). Os dados são da pesquisa da Fecomércio SC realizada com 405 empresas em Lages, Chapecó, Blumenau, Joinville, Criciúma, Itajaí e Florianópolis, entre os dias 13 e 15 de fevereiro.