Volume de vendas aumenta em maio, mas varejo permanece negativo

Atualizado em 14 julho, 2016

A queda no volume de vendas no comércio varejista se aprofundou no mês de maio em Santa Catarina. O setor teve recuo de 7,9% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo a pesquisa mensal do comércio (PMC) realizada pelo IBGE.  Em termos de receita nominal, a variação foi positiva em 3,1%.

O destaque positivo do mês de maio para Santa Catarina ficou por conta da variação no volume de vendas comparado com o mês abril. O estado teve a melhor variação (2,5%) entre todas as unidades da federação e foi um dos quatro estados que apresentaram variação positiva. Apesar de ainda não reverter a tendência de queda, o resultado traz fôlego ao comércio catarinense e indica uma perspectiva de recuperação mais acentuada assim que a inflação voltar a atingir percentuais mais baixos e os juros caírem. 

No acumulado de 12 meses, o volume de vendas do comércio varejista restrito (sem atividades de material de construção e veículos) apresentou variação de -7,2%, após queda de 6,7% em abril. Quanto à receita nominal, a variação nestes mesmos 12 meses foi de 3,4%, abaixo do resultado de 3,5% do mês anterior. São os resultados mais baixos de toda a série histórica, que começou em 2001.

Entre os segmentos, a maior queda ocorreu no comércio varejista de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, cujo recuo foi de 30,6% na comparação com maio do ano passado. Por outo lado, os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos tiveram variação positiva de 1,9%, o único segmento a apresentar crescimento.

“Segmentos como móveis e eletrodomésticos sentem de maneira mais acentuada essa retração, pois são mais dependentes do crédito. No atual contexto de retração desse importante mecanismo do consumo, devido aos juros em alta, o segmento já recuou 8,3% em maio no acumulado de 12 meses em SC”, afirma Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio SC.

A queda da intenção de consumo das famílias– fruto da retração real dos rendimentos, do aumento do desemprego e do nível elevado dos preços dos alimentos – chegou a 91,8 pontos em uma escala que vai de 0 a 200 pontos, o nível mais baixo da série histórica iniciada em janeiro de 2010.

Com a retração do mercado interno, o consumidor tende a cortar gastos supérfluos e consumir menos, o que prejudica também a recuperação da indústria, já que o setor não comprará até vender os itens represados em estoque. 

Nacional

Todas as 27 unidades da federação registraram queda no volume de vendas no comércio varejista restrito na comparação com maio de 2015,. Os maiores recuos ficaram por conta de Amapá (-21,3%), Pará (-16,8%), Bahia (-16,6%) e Rondônia (-16,5%). Santa Catarina apresentou a sexta melhor variação percentual na comparação com maio de 2015. O estado com a variação menos negativa foi Minas Gerais (-3,1%)

O comércio varejista restrito registrou queda de 9% no volume de vendas em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, a 14ª taxa negativa seguida. A variação da receita foi de 2,2%.  O recuo em relação ao mês anterior foi de 1%.

Leia mais: 

Variação do volume de vendas em abril (-10,6%) é a mais baixa desde 2001

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