MERCADO

Apesar do avanço no PIB no 1º trimestre, setor de serviços amarga impactos da pandemia

Atualizado em 01 junho, 2021

O Produto Interno Bruto (PIB) nacional avançou 1,2% no primeiro trimestre de 2021 frente ao período imediatamente anterior. Apesar do avanço, o ritmo no crescimento foi menos intenso que os trimestres anteriores (7,8% no 3ºtri./20 e 3,2% no 4ºtri./20). Já no acumulado de quatro trimestres, o PIB diminuiu 3,8%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

Dentre os segmentos econômicos, o setor de serviço permanece sendo o mais impactado pelas medidas de prevenção e enfrentamento à COVID-19. Os dados do primeiro trimestre apontam leve elevação de 0,4% frente ao trimestre anterior. Além do movimento mais lento, o serviço foi o único setor a apresentar variação negativa em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, queda de 0,8%. Reforça a intensidade dos efeitos negativos a queda no acumulado de quatro trimestres ser em maior grau no setor de serviço (-4,5%) do que os demais setores econômicos (agropecuária -2,3% e indústria -2,7%).

Apesar dos impactos, o setor permanece como principal motor na geração de riqueza, sem levar em consideração o setor público, representando 44,90% do PIB no primeiro trimestre.

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,0%), Atividades imobiliárias (3,0%) e Informação e comunicação (0,8%) obtiveram resultados positivos.  Já Outras atividades de serviços (-13,0%) e Transporte, armazenagem e correio (-8,6) registraram resultados negativos no acumulado em quatro trimestres. As perdas foram influenciadas pela queda nos serviços presenciais, como alojamento em hotéis e similares e serviços de alimentação. Em Santa Catarina, esse resultado é visível no mercado de trabalho formal: 1.839 postos de trabalho foram fechados no agrupamento alojamento e alimentação, com destaque para hotéis (-1.570) e restaurantes e similares (-871).

O comércio, que compõem 17,06% do setor privado, houve elevação de 1,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas o volume do comércio continua com perdas de 2,4% no acumulado em quatro trimestres.

Consumo

Do lado da demanda, o consumo das famílias encerrou o trimestre do ano estável com movimento de 0,1%, entretanto, apresenta queda de 5,7%  no acumulado em quatro trimestres. Esse resultado pode ser reflexo da ausência do auxílio emergencial, que voltou apenas em abril, do agravamento da pandemia e do aumento da inflação.

No Estado, o índice que mensura  a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) catarinenses, após atingir o menor nível histórico da série em março de 2021, volta a reagir de maneira sutil  em maio, mas segue apontando expectativas negativas.

Vacinação

De acordo com o vice-presidente da Fecomércio SC, Emilio Rossmark Schramm, o aumento da imunização deve refletir em maior segurança no retorno ao trabalho e na diminuição do isolamento social, assim, há elevação das atividades econômicas, principalmente no setor de serviços e comércio, que foram os mais afetados pela pandemia.

A cada aumento de dez pontos percentuais nas doses aplicadas por 100 habitantes, o PIB é revisado para cima em 0,13 pontos percentuais, em média, conforme levantamento do Ministério da Economia, divulgado em Boletim Macrofiscal de maio.

Confira abaixo a movimentação do PIB de forma dinâmica ou CLICA AQUI para ampliar:

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