Volta às aulas: Chapecoense pretende desembolsar menos com material escolar em 2016
A poucos dias do início do ano letivo, as vendas de material escolar devem aquecer o comércio, embora a expectativa de gasto médio dos chapecoenses seja a menor do Estado pelo segundo ano consecutivo. Os consumidores pretendem gastar R$ 220,17, enquanto o tíquete-médio estadual é de R$ 250,66, conforme a pesquisa da Fecomércio SC e FCDL SC, que traça o perfil do consumidor e traz o resultado de intenção de compras para o período. No ano passado, a cidade do oeste também foi a que menos desembolsou na volta às aulas: R$ 203 diante da média estadual de R$ 241,95.
"A pesquisa de volta às aulas de 2016 revela que o consumidor optará por estratégias que tragam economia, como pesquisar preços em várias lojas, procurar promoção e descontos. Contudo, ele não pretende abrir mão da qualidade do produto. O empresário terá que buscar o equilíbrio entre preço atrativo e qualidade para conquistar o cliente neste cenário de retração”, afirma o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt. Para Ivan Tauffer, presidente da Federação das CDLs, “os lojistas estão encontrando clientes muito exigentes, comparando a qualidade e os preços. A captação e fidelização dos pais de alunos têm sido um exercício desafiador, exigindo muita inteligência e matemática”, considera Tauffer.
O comércio de rua (papelaria e livrarias) lidera o local de compra de preferência dos consumidores (87,3%). Outros pontos são os supermercados (8,3%) e os shoppings (0,3%). Boa parte dos chapecoenses já comprou (49,3%) ou pretende ir às lojas no início de fevereiro (36,3%), contra 13% que irão pouco antes do início do ano letivo e somente 0,7% após o início do ano letivo. A principal forma de pagamento será em dinheiro (66,7%), seguida pelo parcelamento com cartão de crédito (18%).
Para economizar os catarinenses vão se valer de uma velha aliada do orçamento doméstico: a pesquisa de preço. Em todo o estado mais de 50% dos entrevistados afirmaram que pretendem circular em várias lojas para encontrar a melhor opção. Em Chapecó, a média é ainda superior – 67,7% devem recorrer às comparações de custo.
O selo de qualidade (49,3%) e preço (39,3%) são os principais quesitos levados em conta na hora da compra. Para atrair o consumidor, os estabelecimentos devem fazer promoções dos produtos (48%) ou oferecer desconto para mais de um estudante (35,7%). Segundo 63,7% dos pais/responsáveis, os filhos/dependentes acompanham a compra e influenciam nas decisões (53,3%), mas 65,7% não estariam dispostos a pagar mais caro para agradá-los.
O levantamento realizado pelas duas entidades em Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Joinville e Lages mapeia o comportamento de consumo e as demandas neste período para orientar os comerciantes nas estratégias de venda e controle de estoque, além de subsidiar com dados para futuros investimentos ou cortes.