Festa do Pinhão recebe “Pesadinho” e ação de conscientização do peso da carga tributária, em Lages

Atualizado em 23 maio, 2016

Quem circulou pela Festa do Pinhão no sábado (21), em Lages, se deparou com um cidadão envolto por uma bolha de impostos e taxas. O personagem batizado de “Pesadinho” é protagonista da campanha ‘Já está pesado demais’, liderada pela Fecomércio SC e encampada na cidade pelo Sindicato do Comércio Varejista de Lages (Sincoval) e Sindicato dos Supermercados do Comércio Varejista e Atacadista de Gêneros Alimentícios do Planalto Serrano (Singlaplan).

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Na Serra de SC, a ação estratégica ganhou força em parceria com os núcleos jovens das entidades empresariais ACIL (Associação Empresarial de Lages) e CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas)  e integrou o Feirão do Imposto, iniciativa que aconteceu simultaneamente em 60 cidades em Santa Catarina com o mote “Bumerangue do Imposto, o único que vai e não volta”. 

O objetivo da abordagem é conscientizar a população sobre o peso da carga tributária brasileira e disseminar de forma simplificada informações sobre os possíveis impactos da recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF). A lista de tributos em vigor no Brasil já chega a 92, o que representam quase 40 % do PIB do país. São tantos impostos, taxas e contribuições que o brasileiro já nem sabe o que significa cada sigla e para onde é destinado este dinheiro. 

“Estamos fazendo uma abordagem mais didática com os catarinenses para mostrar como a CPMF e outras medidas de cunho arrecadatório vão pesar do bolso de todos, o que pode frear a nossa economia e a competitividade, além de desestimular a circulação de dinheiro. Em um cenário econômico recessivo e de grande fragilidade política, é um retrocesso colocar em pauta a volta de um tributo que onera o setor produtivo”, pondera o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

estreia do personagem foi no primeiro sábado deste mês (7) no Sul do Estado. Na próxima semana, o Pesadinho segue para o 32º Congresso Nacional dos Sindicatos Patronais, em Blumenau.

A população também pode participar da campanha usando a #cpmfnaoda nas redes sociais e por meio do site, disponibilizado no Canal de Articulação da Fecomércio SC para intermediar o contato do catarinense com sua base política. Ao assinar a campanha, o email do usuário é encaminhado à bancada catarinense, governador do Estado e a presidente Dilma Rousseff.

Combate histórico

A Federação e os sindicatos patronais são historicamente contrários ao aumento da carga tributária, posicionamento também adotado publicamente pelo Governador Raimundo Colombo e o Secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni. Só em Santa Catarina, a CPMF poderá retirar R$ 1,3 bilhão da economia, se aprovada com a alíquota de 0,2%.

O efeito da CPMF é especialmente prejudicial ao comércio e aos serviços que se encontram na ponta das cadeias produtivas. Por incidir sobre todas as movimentações, desde a compra do trigo até o pãozinho na padaria, deve afetar os preços para o consumidor final. Como a cobrança está incorporado aos custos de produção, não pode ser desonerada. Por fim, também representa uma dupla tributação, já que o recolhimento de qualquer outro tributo embute a sua cobrança.

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