Queda menos intensa indica estabilidade no comércio em SC

Atualizado em 20 setembro, 2016

O comércio varejista catarinense teve recuo de 2,9% no volume de vendas em julho de 2016, na comparação com o mesmo período de 2015, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo IBGE. Na comparação com o mês anterior o estado teve variação de 0,6% no volume de vendas.

Desempenho negativo da indústria e comércio impacta na queda do setor de serviços

Já a receita nominal teve variação positiva de 9,1%, a primeira acima da inflação desde junho de 2015. A variação nominal de agosto de 2015 a julho de 2016 foi de 3,1%, acima do resultado de 2,9% do mês anterior, o que pode ajudar a reduzir os prejuízos do setor.

Nos sete primeiros meses de 2016, as vendas no conceito restrito (sem atividades de material de construção e veículos) recuaram 8%. No acumulado de 12 meses apresentou também variação de -8%, o mais baixo da série histórica iniciada em 2001, após registrar -7,9% em junho.

Entre os segmentos, a maior queda, na comparação com julho do ano passado, ocorreu no comércio varejista de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, onde a queda foi de -40,2%. Por outo lado, móveis teve variação positiva de 21,7%.

Segundo análise da Fecomércio SC, com base nos dados da PMC, o recuo menos intenso nos últimos quatro meses sinaliza para uma recuperação tímida do setor. “A queda nas vendas vem desacelerando (-10,6% em abril, -7,9% maio, -6,0% junho e- 2,9% julho) e a receita apresenta um aumento gradual (1,1%, 3,1%, 4,5% e 9,1%) em relação ao ano passado. Sem dúvida, o comércio catarinense sente os efeitos do aumento do desemprego, a queda nas concessões de crédito e a redução no nível da renda. Em todo o país, o consumo se retraiu e as famílias cortaram os gastos, mas a expectativa é de recuperação no início do ano que vem, já que os índices apontam quedas menores.”, pondera Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio SC.

Cenário nacional

Regionalmente, na comparação com julho de 2015, a redução do volume de vendas no varejo alcançou todos os 27 estados. As maiores variações negativas vieram do Amapá (-18,9%) e Pará (-15,5%). Os três estados melhor posicionados foram: Roraima, o único com variação positiva (3,2%), Minas Gerais (-1,4%) e Santa Catarina (-2,9).

No cenário nacional, o comércio varejista restrito teve queda de 5,3% no volume de vendas, em relação ao mesmo mês do ano passado- a 16ª taxa negativa seguida. Nesta mesma comparação, a variação da receita foi de 6,7%, ainda abaixo da inflação de 8,74%. No acumulado de 12 meses, o resultado do volume de vendas fechou com queda de 6,8% e a receita nominal variou positivamente em 3,7%.

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