POLÍTICA

Para a Fecomércio SC, novo ministro da Fazenda deve focar na reforma tributária

Atualizado em 08 janeiro, 2020

Saída do ministro

O Governo Federal anunciou oficialmente a saída do então ministro da Fazenda Henrique Meirelles na última sexta-feira (6). Com a exoneração publicada em edição extra do Diário Oficial da União, Meirelles abre caminho para se candidatar à Presidência da República pelo MDB – partido que também se filiou na semana passada.

No lugar de Meirelles, assume o então secretário-executivo da pasta, Eduardo Guardia, para uma gestão relâmpago de pouco mais de 9 meses.

Segundo avaliação da Fecomércio SC, Meirelles adotou nesses 23 meses à frente da agenda econômica brasileira, uma política de viés mais ortodoxo, ou seja, com foco na busca por um equilíbrio fiscal duradouro, que resultou na aprovação de um novo regime fiscal, no qual os gastos não poderão crescer acima da inflação.

Outras três mudanças foram fundamentais para os novos rumos da economia do Brasil:

  • A queda da inflação, a ponto de ela ficar abaixo do piso da meta definida pelo Banco Central após ter superado os 10% em 2015. Ainda que a queda da inflação incialmente tenha sido puxada pela retração da economia, os níveis de preços no Brasil estão mais estáveis e a partir de 2019 a meta será mais baixa (irá para 4,25% contra os atuais 4,5%).
  • A redução da taxa Selic ao patamar mais baixo da história também é importante ressaltar – na semana passada, um novo corte trouxe os juros para 6,5% ao ano, mas ainda é considerado bastante elevado.
  • Fim da recessão, com o país crescendo 1% após dois anos de retração.

Conforme a avaliação da Fecomércio SC, o ministro da Fazenda não conseguiu consolidar uma sólida recuperação econômica pautada em maiores incentivos ao investimento privado e à recuperação do emprego. Tampouco conseguiu atingir um novo modelo de crescimento sustentado no médio prazo, pondera.

Para o presidente da Fecomércio SC Bruno Breithaupt, apesar de avanços consideráveis, ainda há muito trabalho a se concretizar na pasta: “Ainda estamos dependendo do setor agroexportador para alavancar a economia, enquanto a indústria e comércio sofrem com faltas de incentivos.  O próximo ministro da Fazenda Guardia deve trabalhar por uma reforma tributária, que simplifique e reduza os impostos pagos no país”, declarou.

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