Economia

Endividamento x inadimplência e acesso ao crédito

Atualizado em 15 outubro, 2018

Você sabia que o endividamento não é, necessariamente, ruim para a economia?

Em Santa Catarina, por exemplo, o endividamento está funcionando como um grande motor de desenvolvimento econômico, visto que as dívidas das famílias catarinenses estão sob controle, girando em torno de 30% do comprometimento da renda. A inadimplência, por sua vez, nunca deu sinais de que iria subir intensamente e o tempo médio de pagamento das dívidas que venha a ficar inadimplentes não ultrapassa os três meses, tempo que não compromete o capital das empresas e das agências de crédito.

Em economias robustas e saudáveis, o acesso ao crédito é um dos principais mecanismos de dinamização do consumo e dos investimentos, já que amplia os níveis de renda da população de forma imediata, fortalece o mercado interno e propicia aumento geral dos patamares de investimentos, ampliando a capacidade produtiva. Isso ocorre porque o dinheiro poupado por alguns, retorna ao mercado, por meio da intermediação financeira realizada por agências creditícias (bancos comerciais, de fomento, cooperativas de crédito, etc.), para estar disponível a agentes deficitários que desejam consumir no momento atual.

Assim o crédito, e claro sua contrapartida, o endividamento, é elemento crucial para o desenvolvimento de todas as economias nacionais. Sem ele, o extraordinário crescimento econômico, e por consequência o aumento do bem-estar das pessoas, que se observou no pós-guerra em todo o globo não seria possível. O progresso, portanto, só é possível a partir da circulação do dinheiro e de outros meios de pagamento. O crédito intensifica esta circulação e permite uma maior geração de renda e emprego.

Contraindo dívidas

A dívida em si não constitui um problema; pelo contrário, sem ela não existe desenvolvimento. Porém, ela pode vir a se converter num problema, somente quando o endividamento supera a capacidade de pagamento do endividado e o indivíduo cai na inadimplência, atrasando o pagamento de suas contas.

Isso pode ocorrer por uma série de fatores. Os principais são:

  • Poucos critérios para a concessão de crédito, por parte das entidades creditícias, que avaliam mal as condições de pagamento de seus clientes;
  • As elevadas taxas de juros pagas no Brasil, de modo que a taxa contratada pode não ser a taxa que será efetivamente paga, no caso das fortes incertezas que atingem a economia brasileira;
  • O próprio desconhecimento do devedor, quanto a sua situação financeira;
  • A grande volatilidade da economia brasileira nos últimos anos, capaz de converter uma situação aparentemente favorável, em desfavorável em poucos meses, pegando de surpresa, credores e devedores.

Planejar sempre

Para que a dívida não vire uma dor de cabeça é fundamental ter planejamento de longo prazo. Lembre-se:

  1. Não comprometa grande parcela da sua renda com dívidas – para o Brasil, o ideal é cerca 30%.
  2. Busque renegociar sempre condições mais vantajosas;
  3. Pesquise qual linha de crédito oferece as melhores condições e que se adequem a seu bolso.

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